A figura subversiva feminina
em narrativas distópicas
DOI:
https://doi.org/10.53897/RevInterp.2024.01.02Palabras clave:
Distopias clássicas, mulher, figura subversivaResumen
Este texto é fruto de um projeto de iniciação científica e possui o objetivo de compreender a presença da figura feminina como um
elemento desencadeador de desordem na literatura distópica, mais especificamente como a mulher desempenha um papel de desestruturação do protagonista junto ao sistema dominante. Nas sociedades totalitárias representadas em Nós, 1984 e Fahrenheit 451, obras eleitas para este estudo, os sentimentos tendem a não ser mais expressos e a troca de afetos parece inexistente. Nelas, a mulher pode se tornar a depositária e a “guardiã” de sentimentos proibidos, desde o puro desejo sexual até o envolvimento romântico ou intelectual. O foco da análise, que é comparativa, recai em determinadas atuações femininas junto aos protagonistas masculinos, os quais, inicialmente, servem a ideais governistas. O intuito é verificar como o contato com elas pode abalar a construção desses sujeitos, ao despertar neles consciência de sua alienação e uma tentativa de mudança.
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